Anikulapo!

Você já deve (ou devia) saber. Está em processo de captação o documentário “Anikulapo”, de Pedro Rajão. O filme aborda a trajetória de Fela Kuti, sua música extremamente autoral e sua atuação política por uma África livre. Mais do que isso, o doc investiga também as conexões do afrobeat com a música brasileira — algo cada vez mais profundo e escancarado. O diretor se beneficiou da vinda recente de importantes artistas africanos e entrevistou Tony Allen (o co-fundador do afrobeat, baterista que tocou com Fela durante muitos anos), Mulatu Astatke (o gênio do ethio-jazz, gênero tão representantivo para a Etiópia quanto o afrobeat para a Nigéria), Ebo Taylor (nome forte do funk, do highlife e do afrobeat de Gana), integrantes da Orchestre Poly-Rhytmo de Cotonou (entidade da música setentista de Benin) e os músicos Femi e Seun Kuti (filhos de Fela, que levam adiante a música do pai na linguagem do presente). Conversou ainda com Carlos Moore (biógrafo e amigo pessoal de Fela), Gilberto Gil, Letires Leite, Martin Perna (Antibalas), Lúcio Maia (Nação Zumbi), Bixiga 70, Abayomi Afrobeat Orquestra, B-Negão, Marcelo Yuka, Kiko Dinucci, Criolo, Marku Ribas, Mr. Catra… Rajão já tem muito conteúdo em mãos. Mas ele quer mais. E seu desejo é justo e palpável. O diretor pretende viajar a Lagos, capital da Nigéria, para captar o material principal — entrevistar amigos e parentes do músico e visitar as duas principais trincheiras do afrobeat, ainda firmes mesmo 15 anos depois da morte de Fela: a república Kalakuta (hoje sob o comando Seun) e o clube Shrine (atualmente administrado por Femi). Para cumprir esta importante etapa, o documentário recorreu ao sistema de financiamento coletivo por intermédio do site Catarse. Você pode ajudar. Faça-o!

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