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johnnyalf

Salve, Johnny Alf! Está no ar nosso podcast com foco na produção do artista nos anos 60, logo depois do estouro da bossa nova que ele tanto influenciou e não é devidamente creditado. Recentemente, dois textos chamaram atenção para os mecanismos do racismo estrutural que silenciam a contribuição de Alf (negro, pobre e homossexual) na criação do gênero musical protagonizado por brancos: o New York Times tratou do assunto no começo de agosto e a escritora e feminista negra Joyce Berth desenvolveu o assunto em sua coluna para a revista Elle. O compositor, cantor e pianista se apresentava nas noites cariocas nos anos 50 e tinha entre os seus espectadores assíduos figuras como Tom Jobim, Roberto Menescal e Carlos Lyra. Ele lança seu primeiro álbum, “Rapaz de Bem”, em 1961 — dois anos depois de “Chega de Saudade” (João Gilberto, 1959), considerado marco zero da bossa nova. A faixa-título, no entanto, havia sido lançada em 78 Rotações em 1956 e já antecipava a batida, a harmonia e o canto sussurrado que caracteriza o estilo. Nosso programa traz essa música, outros clássicos (como “Ilusão à Tôa” e “Eu e a Brisa”), composições menos conhecidas e versões na onda do samba-jazz com Trio 3-D e Tenório Jr. Ouça!

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