Sorriso negro

GEOVANA1

Foto: Renato Nascimento

O sorriso de Geovana é um abraço. Os lábios se esticam, desvendam os dentes brancos que contrastam com a pele preta, os olhos brilham apertados e iluminam toda a sala de seu pequeno apartamento alugado no centro de São Paulo. E ela adora sorrir e gargalhar com os próprios comentários. O humor é de quem tem malandragem no sangue. Usa gírias e expressões da mesma sagacidade de quem, em 1975, cantou: “ora, veja só, eu te amava tanto / mas agora não te quero mais / gosto de fazer amor / quem tem carinho, me leva / as cartas estão embaralhadas / corta que eu quero dar” . O papo é reto, o timbre de voz é grave e o balanço é de primeira. “Quem Tem Carinho Me Leva” é uma das faixas do disco homônimo e um hit dos bailes de samba-rock. O LP, inspiradíssimo, é um tesouro da música popular brasileira. O repertório traz ainda “Amor dos Outros” (também um clássico dos bailes), “Tataruê” (pedrada afro-brasuca) e “Pisa Nesse Chão Com Força” – composição que ela defendeu na Bienal do Samba de 1971, em São Paulo, e lhe garantiu um contrato com a gravadora RCA.

A gravação reuniu alguns dos profissionais mais badalados da música brasileira no período: o produtor Rildo Hora, o arranjador Luiz Eça, os violonistas Dino e Hélio Delmiro, os baixistas Luizão e Sérgio Barroso, os bateristas Robertinho Silva, Mamão e Wilson das Neves, o percussionista Pedro Sorongo (ou Pedro Santos), entre outros. O disco se tornou raro e hoje uma cópia original em bom estado custa entre R$ 300,00 e R$ 500,00. Em 2003, o trabalho foi relançado em CD.

Filha de mãe mineira e pai senegalês, Geovana lançou apenas um outro disco em 1988 (“Canto Para Qualquer Cantar”, pela Star Records) e teve duas parcerias com Beto Sem Braço gravadas pelo Fundo de Quintal nos anos 80. Embora nunca tenha parado de compor e viver o samba, teve de se virar ao longo das mais quatro décadas que se seguiram após o lançamento de “Quem Tem Carinho Me Leva”. “Trabalhei de doméstica, em bar, no Museu de Imagem e do Som vendendo discos, em reciclagem, na feira, com limpeza, tive birosca”, diz ela à Radiola Urbana. Hoje, aos 70 anos, se diz feliz em trabalhar somente com música. “Show na minha vida é a primeira vez que pinta assim, amigo.” Ela se apresenta nesta quinta, 2 de maio, na Casa de Francisca, em São Paulo, junto com o músico paulistano Curumin. Além disso, ela se prepara para lançar um novo disco ainda este ano, “Brilha Sol”.

Radiola Urbana teve o prazer de conversar com a artista em seu apartamento e ainda a acompanhou em uma cervejinha no boteco da esquina. Confira a entrevista e vá ao show. O suingue de Geovana não pode ser desperdiçado pela música brasileira.

Como seu pai veio parar aqui no Brasil?
Pois é, foi com a família. Vieram trabalhar. Minha mãe e ele se separaram e o resto eu não sei mais nada.

Você conheceu seu pai?
Conheci em uma foto, que também nunca mais achei. Ele é morto. No Balé do Senegal, eu tinha uma prima e uma irmã por parte de pai com outra mulher. Ele voltou pro Senegal. Mas ele, de fato, morreu. Morreu antes que minha mãe. Não o conheci.

Só uma pergunta por questão de etiqueta: prefere que eu te chame de “senhora” ou “você”?
Não, pois é, “senhora” é o passado, né?

Posso te chamar de você, então?
“Você” sou eu. (risos)

Você acredita que a sua música carrega um pouco dessa ancestralidade africana?
Ah sim, acredito. Mas ela é bem calcada na música brasileira. Dizem que eu faço um samba diferente. Hoje eu noto que tem algo a ver, não é aquele samba… Eu sei que ele é bem enraizado. Eu acho minha música moderna, uma nova linguagem. Já era naquela época e na atualidade continua. Veja só: vocês têm o LP aí, que hoje tá valendo essa grana, então eu acho que na música eu fiz a coisa certa. Só não fui bem entendida – ou se fui, falaram “vamos deixar ela aí, senão vai atrapalhar a gente”. Você sabe, na música popular brasileira tem os empurra-rabo, né? Mas só que é o seguinte: não fizeram as coisas antes porque não quiseram, porque eu nunca saí da mídia. Minha música toca até hoje. Pouco ou muito, sempre veio grana pra mim. Esse LP levou quatro anos pra sair, deu muito trabalho.

Capa do disco de 1975, em que o nome da artista saiu com a grafia errada. Foto: Renato Nascimento

Por que levou tanto tempo pra sair?
Pois é, porque o Rildo Hora já era produtor de outras pessoas e ele também estava fazendo o disco dele – então ele não ia priorizar de fazer o meu.

Você tem boas lembranças do período de gravação do disco?
(risos) Essa é uma pergunta, realmente… Eu tenho boas lembranças pelo fato do disco estar aí. Mas a feitura dele foi muito dolorosa porque antigamente os artistas saíam com divulgador – eu não tinha isso. Só os medalhões da gravadora é que tinham. Hotel que eu me hospedei foi descontado e eu fiquei dura. Eu estava com filho criança ainda, mais aluguel e eu fui perdendo tudo. Entrei numa recaída danada, tive que trabalhar em outros lugares – cozinhar, lavar… Fiz de tudo pra me manter viva e porque sempre gostei de trabalhar. Mas eu esperava, sim, que desse certo. Aí depois que fizeram o disco de todo mundo (inclusive o dele, o Rildo Hora), é que vieram fazer o meu. E eu não tive toda essa assistência. Lógico: tive bons músicos, uma boa capa… Foi gratificante pela qualidade da música e do som, foi um trabalho bem esmerado, bem vigoroso. Mas a lembrança de ter que esperar quatro anos não é boa. Eu já tinha ganhado a bienal, já tinha gravado com o Jair Rodrigues. Naquela época, muita gente gravou minha música, “Pisa Nesse Chão Com Força”. Mas quando eu vim a aparecer mais um pouco foi com “Ô, Irene” e “Lã do Meu Cobertor” (ambas parcerias com Beto Sem Braço gravadas pelo Fundo de Quintal, em 1986 e 1988, respectivamente). Aí tudo bem que era produção do Rildo também. “Ô, Irene” foi cantada pelo morro inteiro, porque o pessoal da pesada que comandava o morro era o Beto Sem Braço e os amigos dele. Então esse pessoal gostava muito do Beto e de mim também. Mas isso aí não vai me botar em cana não, hein? (risos)

Como foi o trabalho com os músicos no disco? Porque tem músicos muito renomados na gravação, né? Como Wilson das Neves, Hélio Delmiro…
Muito legal, muito legal… O Wilson, a gente já se conhecia. Eu me dava bem com os músicos, eles gostavam de mim. Tinham paciência, carinho. Falavam sobre minha música, achavam diferente. Diziam que minha música seria lembrada no futuro e realmente isso está acontecendo agora.

E outro músico que é muito renomado, principalmente hoje em dia, até tardiamente, é o percussionista Pedro Sorongo…
É, o Pedro Sorongo… Era meu amigo também. Ele inventava batucada na água, chocalho, fazia apito, parava muito na minha. Metódico, espiritualista, o negócio dele era yoga, aquela coisa bem indiana, esotérica.

E ele foi importante na gravação do disco?
Ah, foi. Olha, cada um na sua função, todos eles foram importantes – inclusive pra eu poder cantar. Cada um deles sempre tinha um carinho comigo (pega o LP pra olhar a ficha técnica na contracapa). Nelsinho (arranjos e regência) era meu amigo; Dino (violão); Hélio Delmiro (violão); Luiz Cláudio (cavaco); Toninho (cavaco); Barrosão (Sérgio Barroso, baixo); Robertinho (bateria); Mamão (bateria); Das Neves (bateria); Gilberto D’Ávilla (surdo); Geraldo Bongô (atabaque), ganhei a Bienal de São Paulo com ele tocando atabaque e o Darcy da Mangueira tocando violão; Everaldo (ganzé); Pedro Sorongo (percussão)… Todo o pessoal aqui. Esse aqui é da minha família, o Tobu (flauta de bambu), irmão do meu pai.

Entre os que estão vivos, você tem contato com algum?
Não tenho mais, não. Eu tive há pouco tempo com o Wilson das Neves (morto em 2017), o resto eu nunca mais vi. Esse disco foi um negócio: as pessoas chegaram e depois sumiu todo mundo.

O disco saiu do jeito que você queria?
Sim! Só não saiu na hora que eu precisava, isso não aconteceu. Política. Dinheiro pra lá e pra cá. Eu era dura, só tinha a música e a voz. É bom lembrar que naquele momento a gente estava numa ditadura ainda. Martinho da Vila era militar, era mais pra ele. Martinho era sargento nessa época, então o negócio ficava mais pra ele.

Ele foi beneficiado?
Ah, foi. Lógico! Porque o Rildo joga com o pau de dois bicos, ele não ia perder um negócio desses.

A música “Quem Tem Carinho Me Leva” tem versos que podem ser considerados feministas, né? Você se considera feminista?
(risos) Não, de vez em quando, na situação. É aquele negócio, é uma pedrinha e eu estou no tabuleiro. Tem as pedrinhas, então, quando é necessário eu sou. Mas se você tem algumas peças na mão, você tem que saber usá-las. Mas Betty Friedan eu não sou não. (risos)

Mas você sempre soube usar essas pecinhas que você tinha na mão?
Éééé! Depois de apanhar bastante de vocês, homens. Irmãos, filhos, maridos, amantes, homens do governo. Nós somos de um país em que o slogan é grana, então você tem que saber fazer alguma coisa pra sobreviver, não ficar muito vulnerável. Inclusive quando a gente não tem grana, você tem que jogar o plano B pra poder sobreviver e saber o que você quer mesmo. Você sabe que é difícil, se você retroceder, não adianta. Eu não posso correr atrás, de trás eu já tô vindo. Eu tenho que caminhar é pra frente.

Mas você apanhou muito literalmente, Geovana?
De diversas maneiras, né? Me livrei de algumas, outras ficaram em aberto, outras cicatrizaram, outras de repente vem no pensamento, outras de repente “uuui!”. Tem dia que acordo com o pé direito e a alma tá do lado esquerdo, aí é fogo. Não adianta acordar com qualquer um dos dois pés. A cabeça está no mesmo lugar, louuuuca! (risos) Isso é antiguíssimo. Se eu ficar muito alegre, já tô vendo que lá vem porrada, então eu já fico na minha. Desvio. Dá pra desviar. De vez em quando, não dá.

Foto: Renato Nascimento

Tanto na indústria fonográfica quanto no ambiente do samba, existe muito machismo. Você se sentiu prejudicada de alguma forma?
Sobre machismo, eu não era sabedora. Não sabia o que significava. Talvez eu soubesse, mas não por esse nome. Meu padrasto era machista: ele andava na rua lá na frente, minha mãe atrás e eu atrás da minha mãe. Era um negócio que não era muito legal. Tinha muita briga e ele “ah, mas eu sou homem, eu que comando”. Mas a minha rebeldia não deixou ele mandar em mim. Ele passou a fazer isso com os filhos, todos eles odiaram ele e odeiam até hoje mesmo ele estando morto. Eles já tinham uma certa idade, viram acontecer comigo e ficaram calados. Quando viram, aconteceu com eles. Aí era pai deles, problema deles. Mas eu saí de casa cedo, fui resolver minha vida e tô resolvendo até hoje aos poucos.

Você saiu de casa com que idade?
Ah, meu filho, eu saí de casa com dez anos, corri o mundo, fui pra Minas, pra não sei onde, tudo colégio interno, uma merda.

E não voltou mais?
Não dava certo. Eu sempre acreditei em ter uma família, mas até hoje não tenho. Quer dizer: a minha família são os amigos da música. Já o pessoal sanguíneo…

Não muito?
Não nada! (risos)

Você tem muitos irmãos de sangue?
Por parte de mãe, tenho oito.

E você não se relaciona com esse pessoal?
Eu sou Gomes, eles são Lopes Sá. Eles têm uma outra vida. Não gostam da minha altura, porque eles são baixinhos. Não gostam da minha liberdade, porque eles são presos. (risos)

São presos em que sentido?
Em tudo. Veja bem, a gente nasce em um país em que se diz “somos abertos, não tem racismo” blá blá blá. Vamos ver: o pessoal de 1930 foi morar na favela, lá eles já são bisavós e bisavôs, não saíram de lá, não ganharam nada, moram no barraco, sem esgoto. Entende? Eu levei porrada, mas eu saí fora. Eu caí dentro das coisas que eu queria e vim morar num local que é bairro. Isso gerou um despeito das minhas irmãs: “ah, você não trabalha”. Acham que fazer música não é trabalho. Aí surgiram umas pitadas de inveja. Quando eu visitava, todo mundo (imita gente cochichando). “Ah, vai pra puta que pariu, não venho mais nessa porra.”

Uma coisa muito interessante em relação a esse disco é que ele se tornou um clássico nos bailes de samba-rock, né?
Por incrível que pareça! Eu fico sem graça quando dizem que sou a “deusa negra do samba-rock”. Eu nunca me liguei nessa, não. Eu nunca saí da mídia, eu reinava nos bailes. Mas eu vinha pra São Paulo, fazia as coisas e voltava porque eu queria ficar com os meus filhos. Isso também não deu certo. Até que eles pegaram o rumo deles, já não me queriam perto deles e aí eu vim pra São Paulo, vim pra ficar e pronto. Mas eu realmente sou a deusa do samba-rock: onde eu vou fazer show, o pessoal canta, já conhecem a minha música. Tô aí de volta, aos 70 anos.

Esse reconhecimento é do povo, né? Não é exatamente da mídia.
É do povo. A mídia fica por trás manipulando, ela tem as pedrinhas dela. Tanto que lançaram o CD e hoje não querem conversar. Que papo é esse? Já venderam, estão se escondendo por quê? Sabem onde eu moro, sabem que eu sou a dona do repertório… Eu não tenho nada assinado pra eles ficarem com as minhas coisas. Eu quero as minhas músicas pra mim, não devo mais nada a eles, já comeram o que tinham que comer.

Hoje em dia uma música que toca muito nas festas é o “Tataruê”, né?
Porque o “Tataruê” dá uma boa dança afro, né? Já fiz até balé afro com ela lá no Rio.

Você se lembra qual foi a inspiração pra essa música?
Ah rapaz, aí você faz umas perguntas que eu não lembro. Sabe por quê? A inspiração vem, de repente ela pintou. Esse negócio é difíííícil de explicar… (risos)

Mas tem uma referência do candomblé?
Tem umas batidas do candomblé sim. A letra também faz uma referência aos meus ancestrais. Sou tata, sou chefe. (risos)

Tinha macumba na sua casa?
Meu padrasto era matreiro e macumbeiro, né? Tinha macumba lá em casa na sexta e na segunda, era macumba que não acabava mais. Minha mãe não suportava, mas tinha macumba. Umbanda, né? Uma mistura… A outra parte eu não conto, a parte pesada dele lá. Mas as batidas e as músicas eram boas.

E você se envolvia com os rituais?
Meu negócio era música mesmo. Eu sempre fui mais de oração, não sou muito de ir à igreja. Eu fui ao candomblé, fui catulada, mas não passou disso. Sou catulada, tenho certas obrigações, mas pedi licença aos orixás pra ficar só nas minhas orações com meu anjo da guarda. Aliviou minha alma, refrescou, meu espírito ficou mais leve. Pra você assentar seu orixá é uma grana violenta, nem na igreja é assim. Tem que ter uma disciplina, comer assim, tem toda uma liturgia que precisa ter grana e paciência. É muito bonito, é uma coisa perfeita. Mas pra mim não dá, sou geminiana. Mas é o seguinte: a comida de todos orixás, eu faço. Eu não recebo nada, não sou rodante. Mas sou a mulher que conhece todas as comidas do orixás e sei fazer todas elas.

Mas você não se considera da religião?
É, certos lugares eu vou. Eu tenho que agradecer, tenho que cumprimentar. Se eu for convidada, tenho que ir. É muito bonito, gosto da dança, da comida. Quando tem uns toques, eu vou. Gosto de toque de caboclo. O candomblé e a umbanda são como ir à terapia, fazer uma consulta. É a mesma conversa. Só que você vai conversar com a zeladora do santo, ela vai te dar os mesmo conselhos que o psicólogo. É o mesmo papo, não muda.

Você lança esse disco de 1975 e depois outro no final dos anos 80, né?
É, que tem músicas boas, mas não é um disco bom. Ficou a desejar.

Mas se passaram mais 40 anos desde seu primeiro disco e depois você lança só mais um. Você continuou trabalhando com música nesse tempo todo?
Sim, e mais uma série de coisas. O difícil é eu sair da música. Eu morro, mas não saio da música. Meu negócio é música mesmo. No botequim ou no cemitério. Ela sempre fez parte da minha vida, entrava uma coisinha ou outra. Trabalhei de doméstica, em bar, no Museu de Imagem e do Som vendendo discos, em reciclagem, na feira, com limpeza, tive birosca. Depois larguei essa droga toda e falei “agora é a música”. Trabalhei como segurança e conheci esse cidadão (o músico Guilherme Lacerda, que acompanha a entrevista e é dono do apartamento em que Geovana mora), que hoje é meu parceiro. Fui segurança da (casa noturna) Trackers, uns seis meses. Há uns 5 anos, estou só com a música. Show na minha vida é a primeira vez que pinta assim, amigo. Curumin tem dado uma força legal, é a terceira vez que a gente vai fazer show juntos. Pra mim, é muito bom. As porradas me deram quando eu era jovem, agora eu estou na manha. Ainda consigo uns brotos aí… De goiaba! (risos)

Você está feliz, então?
Tranquilíssima. Sem puxar saco, nem nada. Tranquila. E agradecida. Eu tenho tudo, estou muito bem. Tenho médico, advogado, esteticista, malucos, professor, cervejeiro – ô delícia.

Foto: Renato Nascimento

Você gosta de tomar uma cervejinha, Geovana?
Isso é um convite? (risos)

Como está o processo desse novo disco, “Brilha Sol”?
Estamos na feitura, devagar. Enquanto isso, estou afinando a voz – quer dizer, engrossando. Estamos preparando o repertório, temos músicas novas, parcerias antigas. Estamos fazendo com paciência e afinco. Tem muita coisa pronta, mas a gente não pode dizer que vai sair amanhã. Mas espero que saia esse ano.

Vai lá:

Curumin convida Geovana

Quando: 2 de maio

Onde: Casa de Francisca (Rua Quintino Bocaiúva, 22)

Quanto: R$ 53,00

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